Fandom: Jogos Vorazes.
Título: A 64ª Edição dos Jogos Vorazes.
Gênero: Ação/Aventura.
Tipo: Multi-Chapter.
Sinopse: Seus pesadelos são apenas uma prévia do que está prestes a acontecer. A dolorosa aventura de Thomas Connor, apenas mais um tributo infeliz do Distrito Quatro, tem uma condição: se quiser voltar para casa vivo, ele terá de vencer seus próprios limites na arena da 64ª Edição dos Jogos Vorazes.
Disclaimer: Esta "Fanfiction" se baseia na obra "Jogos Vorazes" de Suzanne Collins. Esta "Fanfiction" não tem fins lucrativos e não está totalmente de acordo com o livro. Qualquer comentário, questionamento ou reclamação acerca desta "Fanfiction" deverá ser feito nos comentários ou através do formulário na aba "Contato".
Autor: Murilo Araújo (~M)
Título: A 64ª Edição dos Jogos Vorazes.
Gênero: Ação/Aventura.
Tipo: Multi-Chapter.
Sinopse: Seus pesadelos são apenas uma prévia do que está prestes a acontecer. A dolorosa aventura de Thomas Connor, apenas mais um tributo infeliz do Distrito Quatro, tem uma condição: se quiser voltar para casa vivo, ele terá de vencer seus próprios limites na arena da 64ª Edição dos Jogos Vorazes.
Disclaimer: Esta "Fanfiction" se baseia na obra "Jogos Vorazes" de Suzanne Collins. Esta "Fanfiction" não tem fins lucrativos e não está totalmente de acordo com o livro. Qualquer comentário, questionamento ou reclamação acerca desta "Fanfiction" deverá ser feito nos comentários ou através do formulário na aba "Contato".
Autor: Murilo Araújo (~M)
Parte I - Os Tributos
Capítulo 2 - A Despedida
Thomas já não sabia diferenciar seus pesadelos da realidade. Naquele momento que pareceu perdurar um século inteiro, deu um forte beliscão em si mesmo para tentar acordar em sua cama. Nada disso aconteceu. Por causa da demora, os pacificadores tiraram a força Thomas de dentro do grupo de meninos, que, agora, estavam aliviados mas ao mesmo tempo com pena dele, por não terem sido sorteados. Thomas fora recebido por Charlotte no palco. Percebeu que ela estava falando alguma coisa, com um entusiasmo não encontrado em mais nenhuma parte da prefeitura, porém ele nada conseguia compreender. No topo do palco, ele ficava observando a reação de todos e ainda tentava acreditar que aquilo que estava acontecendo era real. Em meio à multidão, um rosto choroso lhe chamou a atenção: Jasminne. Sua mãe estava visivelmente chocada, mas fazia de tudo para não passar essa impressão ao seu filho, o que era inevitável.
Apesar de Thomas ser um menino alto, forte e um ótimo nadador, ele nunca havia matado ninguém. Além disso, era algo que pretendia nunca fazer. Não tinha coragem. Mas sabia que se não o fizesse, outros fariam, e sua mãe iria ficar mais triste e sozinha do que nunca, sem ninguém para ajudá-la. Tantos foram os pensamentos de Thomas, que somente conseguiu voltar à realidade quando já estava dentro de uma sala da prefeitura, esperando para despedir de sua mãe e de seus amigos, para talvez nunca mais retornar.
A sala da prefeitura que permaneceu por alguns minutos antes de sua viagem para a Capital era pequena. Não tinha uma janela sequer, só uma porta por onde entravam e saiam às visitas. Também era construída de madeira luxuosa, que impedia qualquer espécie de som de sair ou entrar na sala, o que tornava um cômodo bastante silencioso, com espaço suficiente para Thomas, que estava sentado no sofá, único móvel da sala, e seus tristes pensamentos.
Não havia encontrado Hannah, a outra competidora de seu distrito, desde que haviam entrado na prefeitura. Em um de seus vários pensamentos, Thomas tentou imaginar como ela e seus familiares estavam reagindo ao acontecido. Com certeza estavam desapontados e abalados. Era visível que ela não conseguiria vencer os jogos: Era muito fraca! Ficou com pena dela por um segundo, quando se lembrou que também não teria muita chance ao enfrentar os chamados “carreiristas”, tributos do Primeiro e Segundo Distrito que treinavam todos os anos para vencer a competição. Thomas sempre assistia aos jogos na praça de seu distrito, como era ordenado pelos pacificadores, e sempre pode perceber a superioridade, em todos os aspectos, desses tributos sobre os demais.
Vários foram os colegas de sua escola e os pescadores com quem trabalhava que iam à sala para lhe desejar coragem e dizer que acreditavam em seu potencial, para depois se despedirem com um agradável: “Estou te esperando de volta!”. Mas ele sabia que, no fundo, aquilo eram apenas palavras e que ninguém acreditava em sua vitória sobre os demais vinte e três tributos. Porém uma visita, a última que recebera, conseguiu animá-lo um pouco. Jasminne sempre conseguiu acalmar os ânimos do garoto. Nessa terrível situação não foi diferente.
Jasminne: Filho!
Thomas: Mãe!
Ambos se encontraram e deram um longo e último abraço. A despedida continuou daquele jeito: um grudado ao outro.
Jasminne: Lembra do que eu te disse?
Thomas: Que acredita que eu possa vencer esta edição dos jogos?
Jasminne: Também... mas que acima de tudo, deve permanecer com quem confia...
Thomas: Eu vou mãe! E você também se lembre do que eu lhe disse... eu voltarei por você!
Jasminne: Eu lembro sim, mas, para isso, não deverá ficar pensando em mim ou como eu estou me sentindo. Se você estiver bem, eu estarei bem. – Disse isso lhe dando um beijo na testa, para enfim se soltarem um do outro.
Thomas: Você já está indo?
Jasminne: Preciso ir, pois logo vocês partirão de trem para a Capital! – Disse isso já abrindo a porta da sala para sair.
Thomas: Espere! Só mais uma pergunta, aquela garota... Hannah Elizabeth. Você a conhece?
Jasminne: Sim... - Pareceu um pouco chocada - Ela é filha dos meus antigos colegas de escola. Eles morreram há algum tempo, durante uma viagem a barco, quando foram assaltados e assassinados por piratas. Desde então ela mora com seu irmão mais velho, que cuida dela. Mas... Parece que ela ficou tão triste com a perda dos pais que não sai quase nunca de casa e custa a falar alguma coisa que não seja com seu irmão.
Thomas: Isso é triste. Ela não tem a mínima chance, não é mesmo?
Jasminne: Creio que com a sua ajuda, ela poderá pelo menos sobreviver por mais alguns dias. - Disse isso já fechando a porta - Te amo filho! Boa sorte! Eu acredito em você!
O silêncio, junto com seus pensamentos, retornou quando a sua mãe fechou a porta. Pensava em como poderia ajudar Hannah se ele não conseguia nem mesmo se salvar. Inesperadamente, a porta se abriu mais uma vez. Entre todas as visitas, esta havia sido a pior delas. Os pacificadores abriram com brutalidade a porta, do mesmo modo que levaram Thomas direto para o trem. Somente ao chegarem lá que pode reencontrar Hannah.
Thomas: Olá Hannah, como está se sentindo? - tentou parecer o mais animado possível, mas foi recebido com uma cara de espanto e desaprovação da garota, que estava tremendo, sem nenhuma palavra sequer sair de sua boca. - Você pode conversar comigo, eu serei seu aliado e vou te ajudar na arena! - ela continuou em silêncio.
O mesmo silêncio permaneceu até que uma porta do compartimento do vagão do trem se abriu, revelando o que parecia ser uma sala de jantar, cheia dos mais variados tipos de comida.
Charlotte: Finalmente estou a sós com os campeões do Distrito Quatro! - Usava a mesma roupa que estava vestindo durante a colheita. A mesma roupa de seus pesadelos que agora havia se tornado real.
???: Vamos... deixem-nos respirarem um ar puro fora do alcance de seu veneno, sua erva daninha ambulante!
Charlotte: Ethan! Olhe os modos! - tentou não demonstrar a cara de desaprovação com um grande e forçado sorriso - Crianças, esse é o vitorioso dos Jogos Vorazes e agora seu mentor: Ethan Reece! Espero que possam se entender logo, e para isso, nada melhor que um jantar, não é mesmo?
Sentaram-se em várias cadeiras que circulavam uma grande mesa que ocupava o centro do vagão. Por uma porta, várias mulheres traziam grandes quantidades de comida. Naquele banquete havia mais comida do que Thomas jamais tivera comido em toda a sua vida, o que o deixou um pouco espantado e ao mesmo tempo com muita fome. Aproveitou a oportunidade para fazer uma análise de seu novo mentor. Era alto, moreno, cabelos grisalhos e com algumas leves rugas, o que dava a impressão de ser um homem de uns quarenta anos. Tinha a barba mal feita, o que lhe passava uma imagem de desleixado. Não conhecia sua história, já que havia participado dos jogos há muito tempo, o que deixava Thomas em dúvida se ele ainda era “experiente” no assunto.
Ethan: Você, garota, qual é seu nome mesmo?
Hannah: Hannah...
Ethan: Então Hanna, se você não comer nada vai continuar esse palito que é... e não terá a mínima chance de sobreviver aos jogos. Trate de comer algumas costelas de porco e algumas verduras!
Hannah pareceu intimidada, porém ao invés de seguir o conselho de Ethan, a garota saiu pela porta em que haviam entrado e foi para seu quarto, por onde permaneceu o resto da noite.
Quando terminou de jantar, Thomas discutiu um pouco sobre os jogos com Ethan, que fez Thomas perceber que ele ainda sabia de muitas coisas e poderia ajudá-los a vencer os jogos! Terminada também a discussão, Thomas foi direto para seu quarto. No meio do caminho, pôde ouvir o choro de Hannah no quarto em frente ao seu, o que o deixou um pouco chateado. O quarto de Thomas, apesar de pequeno, tinha uma cama enorme e um travesseiro de plumas bem confortável. Além disso, havia também uma janela que tinha vista para várias belas paisagens, que pouco podiam ser apreciadas devido à alta velocidade do trem.
Deitou-se na cama, mas o sono demorou a chegar. Pensou como a vida havia mudado para ele tão repentinamente, mas, acima de tudo, como ainda havia de mudar para pior. Os jogos estavam prestes a acontecer e isso tornou-se seu novo pesadelo, que passou a perturbá-lo todas as noites durante a viagem.
Apesar de Thomas ser um menino alto, forte e um ótimo nadador, ele nunca havia matado ninguém. Além disso, era algo que pretendia nunca fazer. Não tinha coragem. Mas sabia que se não o fizesse, outros fariam, e sua mãe iria ficar mais triste e sozinha do que nunca, sem ninguém para ajudá-la. Tantos foram os pensamentos de Thomas, que somente conseguiu voltar à realidade quando já estava dentro de uma sala da prefeitura, esperando para despedir de sua mãe e de seus amigos, para talvez nunca mais retornar.
A sala da prefeitura que permaneceu por alguns minutos antes de sua viagem para a Capital era pequena. Não tinha uma janela sequer, só uma porta por onde entravam e saiam às visitas. Também era construída de madeira luxuosa, que impedia qualquer espécie de som de sair ou entrar na sala, o que tornava um cômodo bastante silencioso, com espaço suficiente para Thomas, que estava sentado no sofá, único móvel da sala, e seus tristes pensamentos.
Não havia encontrado Hannah, a outra competidora de seu distrito, desde que haviam entrado na prefeitura. Em um de seus vários pensamentos, Thomas tentou imaginar como ela e seus familiares estavam reagindo ao acontecido. Com certeza estavam desapontados e abalados. Era visível que ela não conseguiria vencer os jogos: Era muito fraca! Ficou com pena dela por um segundo, quando se lembrou que também não teria muita chance ao enfrentar os chamados “carreiristas”, tributos do Primeiro e Segundo Distrito que treinavam todos os anos para vencer a competição. Thomas sempre assistia aos jogos na praça de seu distrito, como era ordenado pelos pacificadores, e sempre pode perceber a superioridade, em todos os aspectos, desses tributos sobre os demais.
Vários foram os colegas de sua escola e os pescadores com quem trabalhava que iam à sala para lhe desejar coragem e dizer que acreditavam em seu potencial, para depois se despedirem com um agradável: “Estou te esperando de volta!”. Mas ele sabia que, no fundo, aquilo eram apenas palavras e que ninguém acreditava em sua vitória sobre os demais vinte e três tributos. Porém uma visita, a última que recebera, conseguiu animá-lo um pouco. Jasminne sempre conseguiu acalmar os ânimos do garoto. Nessa terrível situação não foi diferente.
Jasminne: Filho!
Thomas: Mãe!
Ambos se encontraram e deram um longo e último abraço. A despedida continuou daquele jeito: um grudado ao outro.
Jasminne: Lembra do que eu te disse?
Thomas: Que acredita que eu possa vencer esta edição dos jogos?
Jasminne: Também... mas que acima de tudo, deve permanecer com quem confia...
Thomas: Eu vou mãe! E você também se lembre do que eu lhe disse... eu voltarei por você!
Jasminne: Eu lembro sim, mas, para isso, não deverá ficar pensando em mim ou como eu estou me sentindo. Se você estiver bem, eu estarei bem. – Disse isso lhe dando um beijo na testa, para enfim se soltarem um do outro.
Thomas: Você já está indo?
Jasminne: Preciso ir, pois logo vocês partirão de trem para a Capital! – Disse isso já abrindo a porta da sala para sair.
Thomas: Espere! Só mais uma pergunta, aquela garota... Hannah Elizabeth. Você a conhece?
Jasminne: Sim... - Pareceu um pouco chocada - Ela é filha dos meus antigos colegas de escola. Eles morreram há algum tempo, durante uma viagem a barco, quando foram assaltados e assassinados por piratas. Desde então ela mora com seu irmão mais velho, que cuida dela. Mas... Parece que ela ficou tão triste com a perda dos pais que não sai quase nunca de casa e custa a falar alguma coisa que não seja com seu irmão.
Thomas: Isso é triste. Ela não tem a mínima chance, não é mesmo?
Jasminne: Creio que com a sua ajuda, ela poderá pelo menos sobreviver por mais alguns dias. - Disse isso já fechando a porta - Te amo filho! Boa sorte! Eu acredito em você!
O silêncio, junto com seus pensamentos, retornou quando a sua mãe fechou a porta. Pensava em como poderia ajudar Hannah se ele não conseguia nem mesmo se salvar. Inesperadamente, a porta se abriu mais uma vez. Entre todas as visitas, esta havia sido a pior delas. Os pacificadores abriram com brutalidade a porta, do mesmo modo que levaram Thomas direto para o trem. Somente ao chegarem lá que pode reencontrar Hannah.
Thomas: Olá Hannah, como está se sentindo? - tentou parecer o mais animado possível, mas foi recebido com uma cara de espanto e desaprovação da garota, que estava tremendo, sem nenhuma palavra sequer sair de sua boca. - Você pode conversar comigo, eu serei seu aliado e vou te ajudar na arena! - ela continuou em silêncio.
O mesmo silêncio permaneceu até que uma porta do compartimento do vagão do trem se abriu, revelando o que parecia ser uma sala de jantar, cheia dos mais variados tipos de comida.
Charlotte: Finalmente estou a sós com os campeões do Distrito Quatro! - Usava a mesma roupa que estava vestindo durante a colheita. A mesma roupa de seus pesadelos que agora havia se tornado real.
???: Vamos... deixem-nos respirarem um ar puro fora do alcance de seu veneno, sua erva daninha ambulante!
Charlotte: Ethan! Olhe os modos! - tentou não demonstrar a cara de desaprovação com um grande e forçado sorriso - Crianças, esse é o vitorioso dos Jogos Vorazes e agora seu mentor: Ethan Reece! Espero que possam se entender logo, e para isso, nada melhor que um jantar, não é mesmo?
Sentaram-se em várias cadeiras que circulavam uma grande mesa que ocupava o centro do vagão. Por uma porta, várias mulheres traziam grandes quantidades de comida. Naquele banquete havia mais comida do que Thomas jamais tivera comido em toda a sua vida, o que o deixou um pouco espantado e ao mesmo tempo com muita fome. Aproveitou a oportunidade para fazer uma análise de seu novo mentor. Era alto, moreno, cabelos grisalhos e com algumas leves rugas, o que dava a impressão de ser um homem de uns quarenta anos. Tinha a barba mal feita, o que lhe passava uma imagem de desleixado. Não conhecia sua história, já que havia participado dos jogos há muito tempo, o que deixava Thomas em dúvida se ele ainda era “experiente” no assunto.
Ethan: Você, garota, qual é seu nome mesmo?
Hannah: Hannah...
Ethan: Então Hanna, se você não comer nada vai continuar esse palito que é... e não terá a mínima chance de sobreviver aos jogos. Trate de comer algumas costelas de porco e algumas verduras!
Hannah pareceu intimidada, porém ao invés de seguir o conselho de Ethan, a garota saiu pela porta em que haviam entrado e foi para seu quarto, por onde permaneceu o resto da noite.
Quando terminou de jantar, Thomas discutiu um pouco sobre os jogos com Ethan, que fez Thomas perceber que ele ainda sabia de muitas coisas e poderia ajudá-los a vencer os jogos! Terminada também a discussão, Thomas foi direto para seu quarto. No meio do caminho, pôde ouvir o choro de Hannah no quarto em frente ao seu, o que o deixou um pouco chateado. O quarto de Thomas, apesar de pequeno, tinha uma cama enorme e um travesseiro de plumas bem confortável. Além disso, havia também uma janela que tinha vista para várias belas paisagens, que pouco podiam ser apreciadas devido à alta velocidade do trem.
Deitou-se na cama, mas o sono demorou a chegar. Pensou como a vida havia mudado para ele tão repentinamente, mas, acima de tudo, como ainda havia de mudar para pior. Os jogos estavam prestes a acontecer e isso tornou-se seu novo pesadelo, que passou a perturbá-lo todas as noites durante a viagem.
Como serão os primeiros momentos de Thomas e Hannah na Capital?
Quais surpresas esperam nossos competidores?
Tudo isso você fica sabendo no próximo capítulo: “A Capital”!